Com uma estrutura nova e ampla, a Prefeitura de Uberlândia entregou à população, nesta terça-feira (13), a nova sede do Programa Melhor em Casa. Localizado no bairro Planalto, setor Oeste de Uberlândia, o local oferece aos profissionais (que anteriormente ficavam sediados na UAI Tibery) mais condições de continuar garantindo atendimento de qualidade aos pacientes e familiares acolhidos pelo programa.
Além de consultórios multiprofissionais, foi possível acrescentar um almoxarifado, salas para reuniões, espaço de reabilitação e treinamento para familiares e profissionais, além de uma farmácia. Estrutura que garantirá bem-estar, segurança nos processos e ambiente adequado para o desenvolvimento do trabalho pelas equipes de Saúde, bem como elaboração de novos projetos.
“O programa cresceu e hoje atendemos muitas pessoas que necessitam destes cuidados em casa. Além disso, quando o paciente recebe alta de uma unidade de saúde e passa a receber os cuidados no conforto da sua residência e com a mesma segurança, também estamos liberamos um leito de internação para que outra pessoa que precisa. Isso diminui a carência dos leitos na rede pública”, destacou o secretario municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues da Cunha.

Programa Melhor em Casa
Com cinco equipes, sendo cada uma responsável por um setor da cidade (norte, sul, leste, oeste e central), o Programa Melhor em Casa, oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde, tem cobertura de 100% de atenção domiciliar aos pacientes e familiares de Uberlândia. Um avanço no sistema público que garantiu serviços multidisciplinares em casa a mais de nove mil pacientes desde 2017, refletindo na desospitalização e liberação de leitos nas unidades.
Em Uberlândia, o Melhor em Casa tem uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro e técnicos, além de fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, dentista, fonoaudiológo, terapeuta ocupacional e psicólogo. Os serviços são oferecidos de acordo com a necessidade e a complexidade de cada caso, conforme explicou a coordenadora do programa, Flávia Silva Carvalho Araújo.
“O objetivo é cuidar do paciente em casa, reduzindo o tempo de permanência nos hospitaise oferendo um cuidado mais centrado no paciente. A visita acontece no mínimo uma vez por semana de acordo com a necessidade de cada um. O trabalho é feito em casa, perto da sua família, em um ambiente que ele já está habituado. Além disso, o paciente é tratado como um todo (com apoio de várias especialidades) e o familiar responsável tem o apoio para dar sequência nos cuidados”, explicou.
Mais segurança e conforto

Foi assim que a dona de casa Angelita Virgínia da Silva deu sequência no tratamento de uma osteomielite (infecção óssea). Por seis meses, ela precisou ficar em casa de repouso e recebendo os cuidados médicos necessários.
Neste período, foi assistida por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e psicologós. Acolhimento fundamental para o sucesso no tratamento, de acordo com a dona de casa. “Foram meses difíceis, mas com os cuidados e orientações da equipe que me acompanhou tivemos mais segurança desde o momento que nos encaminharam para o programa. Recebia todo o apoio necessário e hoje tenho todos da equipe como uma família”, ressaltou.
O mesmo sentimento é compartilhado por Georgelina Custódio Lima, que faz parte do programa há dois anos. Também foi com a ajuda dos profissionais que ela se sentiu mais confiante para dar seguimento nos cuidados com o marido, diagnosticado com Alzheimer.
Para a dona de casa, o nome do programa reflete bem o sentimento de toda a família. “É melhor em casa, né? A equipe do programa nos ensinou tudo o que precisamos para cuidar do meu esposo, como o banho, a alimentação e a troca de fraldas e do leito. Fazemos tudo o que tem no hospital, mas no no conforto da nossa residência. É uma assistência fundamental para todos nós”.
Atualmente, o programa tem aproximadamente 300 pacientes ativos, que recebem no mínimo uma visita semanal – em alguns casos o atendimento em casa pode ser de até três vezes por semana. O tratamento domiciliar pode ser feito por meio de solicitação da equipe médica dos pacientes que estão internados ou para casos vindos da Atenção Primária (UBS e UBSF), como aplicação de medicamento endovenoso e curativos complexos. As solicitações são avaliadas e aprovadas de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.