Quando se fala em aprendizado, o universo simbólico pode fazer toda a diferença. É com isso em mente que a Escola Municipal Domingas Camin, situada no distrito de Miraporanga, realiza desde o início do ano o Projeto “Identidade do aluno Domingos Camin, um currículo em construção”. Nele são trabalhados aspectos mais próximos do dia-a-dia dos alunos, como o cultivo em horta, pomar e a avicultura caipira.
“O aluno da zona rural tem uma rotatividade e evasão grande. O resultado do projeto é que não tivemos mais isso, então é muito positivo. Fiquei feliz, pois estamos conseguindo atingir o objetivo e o pessoal da Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos dá toda atenção, faz toda diferença”, explicou a diretora da escola, Andréia Heloisa Arantes.
As atividades são realizadas todas as quintas-feiras por servidores da Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos. “Desde o início do ano estamos desenvolvendo com os alunos do primeiro ano na escola com atividades que integram as crianças com o mundo rural dos pais, de forma que elas tenham uma boa lembrança das atividades e orgulho de suas criações para que queiram sucedê-los no futuro, evitando o êxodo rural”, comentou Aline Ferreira Campos, do núcleo de Pecuária, Defesa e Educação Sanitária do município.
Projeto Cocoricar
A novidade para a escola foi que na semana passada o Projeto Cocoricar, da Secretaria de Agropecuária, inaugurou um galinheiro. O trabalho está ligado ao Programa de Desenvolvimento de Novos Negócios Rurais – Novo Agro, por meio do pilar Avicultura Caipira.
Com o projeto, cada criança ganhou um pintinho, deu nome a ele e terá a responsabilidade de cuidar deste. “A criançada adorou. Vão lá ao começo do dia, cuidam dos pintinhos e depois vão para a sala de aula aprender a escrever o que viram por lá como ovo, galinha, etc. O resultado é que hoje temos todas as crianças do 1º ano alfabetizadas e isso nos alegra muito”, relatou a diretora.
Aprender brincando
Com os alunos do 4º ano a estratégia é outra, conta a diretora. “Por exemplo, eles começam o dia cuidando da horta e depois vão para a sala de aula aprender a contar os alfaces, somar, dividir, subtrair. O retorno está sendo muito bacana”, contou.
Everton Ferreira, aluno do 4º ano da escola, teve grandes ganhos com a ideia. “Está me ajudando muito, é muito bom. Antes eu tinha mais dificuldade com matemática e agora estou melhor nisso”, disse. O colega de aula Guilherme Henrique Maia concorda. “Eu gosto porque aprendo e me divirto ao mesmo tempo”, colocou.