Depois de quatro meses de eventos que prepararam o público e a classe artística, chegou a data do tão esperado 27º Festival de Dança do Triângulo, realizado pela Prefeitura de Uberlândia por meio da Secretaria Municipal de Cultura. Com suporte do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC), hoje (28) pela manhã, o Teatro Municipal recebeu a oficina “Compondo com o Balé Guaíra”.
A coordenadora do setor de dança do município, Ananda da Costa Viana, enfatiza a importância da gratuidade do acesso à formação cultural e o legado que o festival deixará para a cidade. “Essas oficinas realizadas durante a semana do festival são de grande importância. O público e bailarinos já estarão todos envolvidos no clima do festival. Quem é daqui ou veio de outras cidades para se apresentar tem que aproveitar essas oficinas que são muito especiais. É uma oportunidade gratuita, com oficinas para diversos estilos”, disse.
O workshop ministrado pelo Balé Teatro Guaíra de Curitiba, por meio da bailarina Soraya Felício, teve a participação de 11 alunos dançarinos de nível intermediário. Foram trabalhados conceitos e práticas da criação e composição coreográfica, aprimoramento da técnica clássica e, ainda, a recriação de um trecho do conto “Carmen”, do escritor francês Prosper Mérimée. A obra será apresentada pela companhia curitibana em um espetáculo que marca a abertura oficial do 27º Festival de Dança do Triângulo.
A bailarina afirma que a oficina se propôs a mostrar a rotina da companhia, que celebra 50 anos em 2019, destacando a cooparticipação entre bailarinos e coreógrafos para os espetáculos. “É um prazer muito especial para nós artistas participarmos de festivais, ainda mais pela luta que é realizar 27 edições. Com essa oficina tentamos passar um pouco do nosso dia-a-dia na companhia. Procuro oferecer a aula como uma busca para o bailarino fazer de uma maneira diferente do que está acostumado. Fazemos com os participantes se mostrem criativos, pois eles quem fazem a coreografia.”, destacou.
Oportunidades para todos
Encantando pelo jazz, o bailarino Nilson Neto se aproximou da dança em 2018. Desde agosto, ele é um dos alunos da oficina de jazz e contemporâneo ministrada na Oficina Cultural – sendo mais uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura dentro da programação do festival. Ele reconhece o papel das oportunidades no fomento à dança.
“Como menino, temos a tendência de começarmos muito tarde na dança. Vendo esse tipo de evento acontecendo de uma forma tão forte, eu vejo que muitos meninos mais jovens, assim como as meninas, possam ter uma motivação maior para ingressarem e se encantarem com o mundo da dança”, afirmou.