O crescimento do acesso à internet, principalmente via smartphones, tem alavancado o índice de compras online no país. No primeiro trimestre, dados de uma empresa de segurança digital, apontam que o e-commerce cresceu 23% em relação ao mesmo período de 2018. Antenada a esse comportamento, a Superindendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), lançou nesta semana um projeto-piloto para conscientizar estudantes das escolas municipais no momento de fazer compras online e de buscar os direitos que eles têm enquanto consumidores.
Uma turma do 8º ano da Escola Municipal Professor Otávio Batista Coelho Filho foi selecionada para essa primeira experiência. Além de apresentar esses cuidados na hora de comprar pela internet, o Procon criou um desafio em que os cinco alunos que escreverem as melhores frases sobre o tema participarão de uma blitz educativa com os fiscais da autarquia no dia 29 de novembro.
Como explica o superintendente do procon, Egmar Ferraz, a ideia é levar para essa juventude a consciência no momento de comprar, quais os cuidados devem ser tomados e apresentar noções de educação financeira. “Ao iniciarmos a palestra, perguntamos quem já fez compra online e todos levantaram a mão. Hoje, cada vez mais cedo os jovens têm utilizado desses mecanismos para compras de alimentação, que é o mais comum entre eles, mas também para produtos um pouco mais caros. Então, é muito importante auxiliarmos a formar um consumidor mais consciente”, disse.
Para a diretora da unidade, Elizângela Beatriz Lacerda, o projeto é uma forma de trazer conhecimento e vivências para os alunos. “É uma maneira de ensiná-los aliando teoria e prática para enfrentar os possíveis problemas que eles possam ter na internet, porque eles já são consumidores de celulares, de internet. A partir do momento que se leva a informação para esses alunos, eles crescem já sabendo dos direitos e dos deveres que eles têm em relação às futuras compras que eles vão fazer”, comentou.
Aos 14 anos, Marielle Silva Severino tem um celular e já fez algumas aquisições online. Agora disse estar mais ciente dos direitos de consumidora e, por isso, achou que a palestra foi relevante para toda a turma. “Às vezes eu peço pelo iFood, mas são coisas simples. Só quando não tem opção de ir comprar pessoalmente que faço online. É bom saber que temos um órgão pra nos ajudar, como o Procon, caso tenhamos algumas dificuldades. E foi isso que aprendi aqui”, contou.