Apaixonada por animais, a caseira Rosilene Soares tem dez cães e dois gatos na propriedade rural em que trabalha, a cerca de 10 km de Uberlândia. Por isso, abriu as portas para os profissionais do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), nesta segunda-feira (28), com o início da 36ª Campanha de Vacinação Antirrábica na zona rural.
Para Rosilene, receber a visita dos agentes é uma ajuda para garantir a saúde dos animais e dos demais trabalhadores da propriedade. “Acho fundamental o trabalho deles porque é muito difícil levar todos os nossos animais para a cidade. Com a visita da equipe, a vacinação é mais rápida e garantimos a proteção deles e de quem trabalha aqui, já que a raiva é transmitida para o ser humano”, disse a caseira Rosilene.
A vacinação na zona rural acontece até o dia 30 de outubro. Devem receber a dose cães e gatos com mais de três meses de vida, com exceção daqueles que estejam doentes ou no período de gestação ou lactação. Neste primeiro momento, as equipes do Programa de Controle da Raiva, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), estarão de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, percorrendo todo o território rural do município. Aos sábados, o trabalho acontecerá na região dos distritos.
Para manter a eficiência dos trabalhos, a coordenadora do programa, Lilian Vieira de Andrade, reforça que a colaboração dos proprietários é fundamental. “Nosso trabalho é ir de porta em porta. Por isso, pedimos o apoio de todos para que liberem a entrada em suas propriedades para nossos profissionais, que estarão uniformizados e com a identificação de servidor da prefeitura. Qualquer dúvida, basta entrar em contato pelo 3213-1470”, explicou.
Na zona urbana os trabalhos começarão no sábado do dia 7 de novembro e terão duração de uma semana (exceto no domingo do dia 8). Serão organizados 40 pontos de vacinação pela cidade no intuito de também evitar aglomerações.
Combate à raiva
As ações do Programa de Controle da Raiva acontecem permanentemente durante todo o ano, com orientações, trabalhos de bloqueio e monitoramento do vírus, além de um posto de vacinação no CCZ. Um conjunto de fatores que deixa Uberlândia há mais de 30 anos sem registros da doença em cães e gatos.
Embora o município apresente uma realidade positiva, a participação da comunidade é fundamental para manter os índices atuais. A doença não tem cura e pode levar os animais à morte em poucos dias após o surgimento dos primeiros sintomas. O mesmo acontece com o ser humano se não procurar atendimento médico rapidamente após ser mordido por algum cão ou gato infectado.