Desde o mês de março, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia do novo coronavírus, as equipes da Secretaria Municipal de Educação (SME) têm se esforçado para continuar oferecendo um processo de ensino e de aprendizagem com boa qualidade. Uma das alternativas foi o lançamento do programa Escola em Casa no mês de abril. Diversas atividades foram disponibilizadas e a adesão ao recurso chega a 87% dos estudantes, conforme revelou uma pesquisa feita entre os dias 28 e 30 de setembro, com 27.551 famílias de alunos de 163 unidades da rede municipal de ensino, composta por 121 escolas municipais e 42 Organizações da Sociedade Civil (OSCs).
“O ensino fundamental tem um processo mais complexo que a educação infantil. Diante disso, os estudantes e também suas famílias precisam se conscientizar da importância de utilizar o Escola em Casa”, disse a secretária de Educação, Tania Toledo. Ela destacou que o material deve ser utilizado por todos os alunos municipais, pois ele permite a continuidade do processo de ensino e de aprendizagem.
Mesmo com a alta adesão ao programa, diversas alternativas estão sendo usadas para atrair os estudantes que ainda não utilizam o recurso. No contexto da Busca Ativa, profissionais de algumas escolas municipais de ensino fundamental vão até as residências dos alunos. O objetivo é entender os motivos pelos quais eles não utilizam os recursos disponíveis para o processo educacional temporariamente remoto.
A SME está elaborando uma avaliação para ser aplicada nos próximos meses visando diagnosticar o aproveitamento e os avanços que cada aluno obteve mesmo durante a pandemia. A expectativa é que, quando voltarem as aulas presenciais, os alunos recebam atendimentos de acordo com suas necessidades, como aulas de apoio.
Escola inova na divulgação do Escola em Casa
Na Escola Municipal Doutor Joel Cupertino Rodrigues, no bairro Dom Almir, a Busca Ativa foi ampliada com muita criatividade. Entre as diversas ações, teve circulação de carros de som pelas ruas do bairro avisando sobre o programa, telefonemas para as famílias, visitas a residências e sorteios de brindes doados para alunos que buscassem as atividades na escola. Outra ação inusitada foi a ida dos professores do Programa Municipal de Alfabetização de Jovens e Adultos (Pmaja) até a casa dos estudantes.
Segundo a diretora da escola, Elaine Oliveira Silva, a intenção é atingir o maior número de alunos possível. “A procura pelo material na escola oscila. Diante disso tivemos a ideia de motivar nossos estudantes a utilizarem ainda mais o Escola em Casa. A opção foi utilizar formas variadas de divulgação do programa”, disse.
Escola em Casa
O Escola em Casa teve início no mês de abril como um portal on-line, onde os estudantes municipais têm acesso gratuito a diversos materiais didáticos durante o período de suspensão temporária das aulas presenciais, uma das medidas adotadas pela administração municipal dentro da política de enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus. Posteriormente, em junho, o programa foi expandido para a TV aberta, com exibição diária de videoaulas gratuitas pela TV Universitária (Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia), além de ser disponibilizado no Portal da Prefeitura de Uberlândia (www.uberlandia.mg.gov.br).
Por meio do programa, conteúdos são atualizados semanalmente, com o objetivo de garantir que os estudantes mantenham uma rotina educacional. No menu da plataforma na internet, por exemplo, o usuário tem acesso a itens que destacam informações sobre o recurso, material didático, sala de leitura e jogos interativos. Os materiais podem ser impressos e estão divididos por ano escolar.
Para quem não tem condições de imprimir as apostilas ou não possui acesso à internet, as escolas fornecem os materiais impressos. As unidades ficam ainda disponíveis a pais e estudantes, servindo como mediadoras entre professores.