Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Uberlândia atuou para oferecer atendimento às pessoas que necessitassem de cuidados mais intensivos, como leitos de internação em UTI. Em vez de improvisar uma estrutura de campanha, Uberlândia foi um dos poucos municípios do país com oportunidade para abrir um hospital com estrutura superior no tratamento exclusivo da Covid-19. Com o trabalho de uma equipe multidisciplinar oferecido em tempo integral, a unidade Centro do Hospital Municipal já contabiliza mais de 1.500 altas desde o início do funcionamento.
Em funcionamento desde abril, a unidade tem atualmente 62 leitos de UTIs e 48 de enfermaria. O atendimento é destinado exclusivamente as pessoas diagnosticadas com Covid-19 e que necessitam de cuidados especais. A assistência médica é 24h e há também uma equipe multiprofissional, com fisioterapia, fonoaudióloga, psicologia, nutrição e serviço social. A unidade oferece ainda tratamento com as cápsulas respiratórias, que ajudam a reduzir o tempo de internação dos pacientes, a contaminação dos profissionais de saúde, além de não sobrecarregar a utilização de respiradores, para que sejam usados em situações de urgência.
“É uma notícia muito boa. Mostra que estamos no caminho certo do enfrentamento à doença. Quando a pandemia chegou, sabíamos que precisaríamos de mais leitos para a população, principalmente de UTI. Saber que já contabilizamos essa quantidade de alta apenas em uma unidade, significa que salvamos 1.500 vidas”, comemorou o prefeito Odelmo Leão.
Estrutura permanente
Oferecer esse cuidado intensivo à população só possível após a Prefeitura de Uberlândia requer administrativamente a utilização do prédio do antigo Hospital Santa Catarina, que estava fechado há quatro anos e dispunha de uma estrutura hospitalar significativamente mais apropriada e eficiente do que um hospital de campanha, que é, em sua concepção, uma unidade médica temporária com leitos de enfermaria.
Com a liberação inicial para utilização do espaço privado, o Município realizou reparos estruturais, elétricos e nos equipamentos indispensáveis para o funcionamento das UTIs, como respiradores, monitores, raio-X portátil e toda a central de gases (oxigênio). Com isso, todos os leitos contam com ventiladores, além de uma reserva técnica determinada em lei. Também houve o reparo do aparelho de tomografia, que é fundamental para avaliação dos casos de Covid-19.
Devido à sua extrema necessidade pública no atual cenário, o prefeito Odelmo Leão assinou, em julho, o decreto que declara de utilidade pública o prédio do antigo hospital. Na prática, a medida deu início ao processo de desapropriação do imóvel para que o Município utilize de forma permanente e consolidada o local como unidade de saúde pública após a pandemia.
“Estamos vivendo uma situação atípica. Não podíamos deixar uma estrutura hospitalar como essa esquecida em plena pandemia. Precisávamos criar leitos de UTI para a população e fomos atrás das autoridades para que fosse viabilizado. Após a pandemia, a população contará, de forma permanente, com mais uma unidade de saúde, podendo oferecer outros serviços, inclusive uma ala de internação pediátrica”, informou Odelmo.