Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura de Uberlândia não tem medido esforços para combater outro importante inimigo: o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Para evitar a propagação do mosquito, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), tem realizado diversas ações, como a campanha de mobilização popular para combate aos focos, a aplicação de inseticida e visitas dos agentes a residências e borracharias para recolhimento de pneus, entre outras.
Os moradores também podem auxiliar denunciando possíveis criadouros na cidade ao CCZ pelo número 3213-1470. Há ainda um aplicativo para smartphones com essa finalidade, o “Udi Sem Dengue”. Com a chegada do período chuvoso, os cuidados devem ser redobrados para que a cidade fique livre do mosquito.
Segundo levantamento da Vigilância em Saúde de Uberlândia, o número de casos confirmados das três patologias transmitidas pelo Aedes segue muito abaixo do ritmo apresentado no ano passado. Durante o ano de 2019, foram registrados 30.594 casos de dengue e em 2020, até a última terça-feira (17), houve 1.865 confirmações.
Em relação ao zika vírus, em 2019, Uberlândia registrou 11 casos e, em 2020, nenhum paciente foi confirmado com a doença até o momento. Já a febre Chikungunya foi registrada em oito pessoas no ano passado e apenas duas ocorrências foram confirmadas até terça-feira. Mesmo com a diminuição no número de casos, a população não pode descuidar.
“A melhor estratégia para que Uberlândia continue a diminuir os casos dessas doenças é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principalmente pela semelhança dos sintomas com a Covid-19. A população já sabe o que precisa ser feito: fechar muito bem tonéis, caixas e barris de água, guardar pneus em locais cobertos, limpar as calhas das casas, não deixar água acumulada sobre qualquer superfície”, destacou o coordenador do Programa de Controle da Dengue do CCZ, José Humberto Arruda.
Cuidados em casa
Evitar manter recipientes que acumulem água sob vasos de plantas ou mesmo enchê-los de areia até a borda é uma das orientações para manter o mosquito longe das casas. O quintal deve ser vistoriado frequentemente para que não haja sacos plásticos e qualquer outro material- mesmo os pequenos, como tampinhas de garrafa- que possam represar a água. Quem tem piscina precisa se comprometer a mantê-la sempre com água limpa e tratada com cloro.
As lixeiras e sacos devem ser bem vedados e mantidos fora do alcance de animais. Garrafas de vidro e latinhas precisam ser esvaziadas e armazenadas de boca para baixo. Dentro de casa, orienta-se tampar os ralos de pia e banheiro.
‘Udi Sem Dengue’
Lançado no fim do ano passado, o aplicativo “Udi sem Dengue” segue disponível para download nas lojas da Google Play e Apple Store. A ferramenta é mais um aliado da população no combate ao Aedes Aegypti, pois permite uma interação direta com a equipe do Programa de Controle da Dengue. Por meio do aplicativo, a população pode enviar fotos, vídeos e mensagens de texto ou voz alertando as equipes sobre possíveis criadouros do mosquito.
Além do canal direto com a população, o “Udi sem Dengue” ainda funciona como um gerenciador das ações, auxiliando os agentes no monitoramento em tempo real das ovitrampas (armadilhas que permitem o rastreamento do mosquito) distribuídas pela cidade, bem como as piscinas e reservatórios cadastrados para a inserção do peixe lebiste.