O Programa de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, desenvolve diversas ações durante o ano todo para combater a proliferação do mosquito, entre elas está a instalação das ovitrampas. Com o início do período chuvoso, essas armadilhas instaladas em todas as regiões da cidade são fundamentais para monitorar em tempo real o comportamento do mosquito Aedes aegypti, bem como tornar mais efetivo o seu controle.
A armadilha é constituída por um vaso de planta preto, preenchido com água (elemento atrativo para o mosquito), que fica posicionado em um local e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto. Dentro do recipiente, há uma palheta de madeira que facilita que a fêmea bote os ovos. A partir disso, a equipe do Centro do Controle de Zoonoses começa a realizar a coleta do material semanalmente para a contagem dos ovos, definindo assim a população do mosquito num raio de nove quarteirões.
No início da ação, eram 960 armadilhas instaladas. Atualmente, já são 1.055. Para o coordenador do Programa de Controle da Dengue, José Humberto Arruda, com o aumento das chuvas nesta época do ano, os trabalhados com a ovitrampa são intensificados pois as armadilhas permitem um monitoramento mais próximo e detalhado do comportamento do mosquito.
“É um instrumento que nos mostrar a presença do mosquito, principalmente onde estão as fêmeas, já que é um acompanhamento feito pela quantidade de ovos. É um monitoramento minucioso, com data marcada, e de forma permanente. Com o aumento das chuvas, ele se mostra ainda mais eficaz. Isso porque há uma oferta maior de água e, consequentemente, maior infestação de mosquito. Onde ele surge, onde está a maior infestação é o que queremos saber. E a ovitrampa nos traz essas informações para direcionarmos de forma mais precisa as ações”, explicou o coordenador.
Cuidado diário
Mesmo com o monitoramento das armadilhas, José Humberto Arruda reforçou que as outras linhas de trabalho de combate ao Aedes permanecem na cidade. Ações de bloqueio, visita aos imóveis fechados, residências, condomínios, recolhimento dos pneus, entre outras estratégias são feitas diariamente. O coordenador também destacou que os moradores podem auxiliar denunciando possíveis criadouros na cidade ao CCZ pelo número 3213-1470 ou pelo aplicativo “Udi Sem Dengue”. Por meio do aplicativo, a população pode enviar fotos, vídeos e mensagens de texto ou voz alertando as equipes sobre possíveis criadouros do mosquito.
“Assim como nas outras ações, precisamos sempre da ajuda da população no combate ao mosquito. Precisamos nos mobilizar cada vez mais, unindo forças e redobrando a atenção em tudo que possa acumular água parada. Evitar proliferação do mosquito depende de cada um de nós”, finalizou.