A Prefeitura de Uberlândia reitera mais uma vez a preocupação com o constante aumento de casos de Covid-19 registrados em Uberlândia nos últimos dias. Na tarde desta segunda-feira (11), o secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues, concedeu uma entrevista coletiva no Centro Administrativo para apresentar os índices crescentes de infecção desde as festividades de fim de ano. Por conta do aumento, o município decidiu reativar 16 leitos de UTI da unidade Centro do Hospital Municipal.
Os dados apresentados pelo secretário mostram que, na primeira semana deste ano, foram realizados 9 mil exames PCR para detecção da doença, sendo que a média semanal antes da semana do Natal e Ano-Novo estava em torno de três mil por semana. A média de casos positivos está em torno de 26% dos testes realizados, sendo que de 6 a 7% dos pacientes precisam ser internados e 1,7% vão a óbito.
“O que falamos em dezembro está acontecendo. Pedimos a população que evitasse realizar confraternização nas festividades de fim de ano. Muitos desconsideraram o alerta, e agora estamos sentindo o reflexo disso. Foram 6 mil exames na rede pública e 3 mil na rede particular em apenas uma semana, com 2,5 mil casos positivos. Caso o índice de contágio permaneça ascendente, haverá um esgotamento da rede municipal e não vamos conseguir atender a população”, enfatizou o secretário de Saúde.
Com a reativação dos leitos, a unidade Centro do Hospital Municipal passa a operar agora com 46 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) destinadas ao tratamento da Covid-19. No auge da pandemia, o Hospital chegou a ter 62 leitos em funcionamento. Com desaceleração das internações me meados de novembro, 32 foram desativados, ficando com apenas 30 em operação.
“Passamos o ano todo falando para não haver aglomeração e conseguimos evitar um colapso. Estamos reativando os leitos, mas isso não significa que, em um futuro próximo, isso seja garantia de leito para todos. Por isso, fazemos novamente o alerta. Ao que tudo indica, este aumento é reflexo da semana do Natal. Ou seja, a tendência é aumentar ainda mais os casos quando começarmos a contabilizar a semana do Ano-Novo. Se continuar aumentando, não há estrutura hospitalar, pública e privada que suporte essa demanda”, finalizou Gladstone.