Em celebração ao Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Falciforme, a Prefeitura de Uberlândia, por meio da Rede de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, promoveu, nesta sexta-feira (18), uma live para conscientizar e orientar os pacientes, familiares e profissionais da saúde da sobre os cuidados com a doença.
Durante a live foram abordados quais os cuidados que devem ser tomados, a importância dos profissionais de saúde da atenção básica na condução e orientação dos pacientes, como é o tratamento e atendimento no Hemocentro, entre outros assuntos relacionados a essa condição crônica.
Para a coordenadora da Rede de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e Outras Hemoglobinopatias, Mara Ramos de Oliveira, levantar a discussão destes assuntos é importante para todas as pessoas envolvidas nos cuidados, já que a doença não tem cura e precisa ser acompanhada. “Por se tratar de uma alteração genética crônica e muito frequente, que precisa de tratamento desde a infância, reforçamos por meio do encontro sobre a importância de sensibilizar os pacientes sobre os cuidados com a doença e também os profissionais da atenção básica para realizarem um atendimento e acompanhamento humanizado”.
Os temas foram discutidos pelo médico hematologista e coordenador do Hemominas, Dr. Paulo Henrique de Paiva, a enfermeira especialista em hematologia e hemoterapia e coordenadora do Ambulatório l (Transfusional) do Hemocentro Regional de Uberlândia, Sarah Carvalho de Miranda, a influenciadora digital e (co-fundadora) da Associação de Pessoas com Doenças Falciforme do Estado do Paraná (AFALP), Simone Bruna, e o coordenador da Associação Brasileira de pessoas com Doença Falciforme (ABRADFAL), Elvis Silva Magalhães.
O coordenador do Hemocentro Uberlândia, Dr. Paulo Henrique de Paiva, reiterou com os participantes que o acolhimento precisa ser bem feito e realizado logo no início. “A doença precisa ser diagnosticada ainda no início da vida, na triagem neonatal. Dessa forma, o acolhimento começa de imediato para oferecer todos os cuidados, pois a doença, se não for tratada, oferece riscos e afeta o organismo como um todo. Por isso, precisa ser discutida e conhecida no meio médico e entre os pacientes e familiares, para amenizar as consequenciais como um todo”.
Já a enfermeira especialista em hematologia e hemoterapia, Sarah Carvalho de Miranda, destacou a importância do acesso às informações quando o assunto é a Doença Falciforme e o autocuidado. “Os pacientes e familiares precisam receber a maior quantidade de referências e conhecimento sobre a doença, porque não podem conviver achando que ter essa condição é uma sentença de morte. Com as informações necessárias e profissionais qualificados na atenção básica e nos locais de tratamento, é possível garantir qualidade de vida, autocuidado e longevidade aos pacientes”.
Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Falciforme
O dia 19 de junho foi escolhido pela Organização das Nações Unidas, em 2008, como forma de chamar a atenção para a Doença Falciforme por ser uma das doenças genéticas de maior prevalência no mundo. A enfermidade não tem cura e pode provocar o comprometimento das principais funções do organismo. Entre as complicações da doença estão: a anemia crônica, crises dolorosas associadas ou não às infecções, retardo do crescimento, infecções e febre, infartos pulmonares, acidente vascular cerebral, inflamações, úlceras, icterícia, priapismo, síndrome mão-pé e crise de sequestro esplênico. O diagnóstico precoce da Doença Falciforme é feito na triagem neonatal com a realização do Teste do Pezinho.