Com apenas 18 anos, a paratleta Lara Lima, do Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU) – associação parceira da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel) – se prepara para sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, depois de ter sido convocada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), na última semana, para a competição em Tóquio, entre 24 de agosto e 5 de setembro.
Mais jovem atleta do halterofilismo entre todas as delegações desta edição dos Jogos Paralímpicos, Lara já tem uma quantidade impressionante de conquistas, inclusive duas medalhas no Aberto Europeu da França (uma de ouro e uma de prata), uma medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e duas medalhas na Copa do Mundo de Halterofilismo da Geórgia: uma de ouro na categoria “Até 41 kg – Júnior” e uma de bronze na categoria “Até 41 kg – Adulto”, ao levantar 90 kg.
Lara Lima conta que se interessou pelo halterofilismo ainda na infância. “Na época, minha psicóloga disse que seria positivo para minha saúde física e mental começar uma atividade esportiva. Então, procurei o CDDU/Futel, conheci as modalidades disponíveis e imediatamente me interessei pelo halterofilismo”, explicou.
“Treinei por bastante tempo até que, aos 14 anos, participei pela primeira vez de uma competição, a Etapa Regional de Brasília. Fiquei muito feliz não apenas porque competi, mas porque já consegui bater o recorde brasileiro de minha categoria”, ressaltou.
Desde então, foram muitas conquistas até a convocação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. “Sempre recebi muito apoio da minha família, de meus amigos, da população de Uberlândia e, claro, da Futel, que sempre ofereceu toda a estrutura necessária para treinar e me superar”, destacou.
Trabalho contínuo
A convocação de Lara, inclusive, tem relação direta com o trabalho desenvolvido pela Futel, que mesmo durante a pandemia da Covid-19, manteve os treinamentos dos paratletas de alto rendimento com chances de convocação para competições internacionais, em especial os Jogos Paralímpicos de Tóquio. No caso dos paratletas de halterofilismo, os treinos são realizados na academia do UTC, com todas as medidas preventivas necessárias, como distanciamento social e uso de máscara de proteção e álcool em gel.
“Minhas expectativas para Tóquio são as melhores possíveis, pois me preparei durante anos para essa competição. É uma grande oportunidade e a minha principal meta é voltar para Uberlândia com uma medalha”, completou Lara.