Preservar as tradições e as histórias da família no campo. Esse é um dos motivos pelos quais os filhos estão ficando junto com os pais nas propriedades rurais e seguindo com a mesma profissão de seus progenitores. Em Uberlândia, há histórias de preservação desta tradição, que é auxiliada por programas da Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Agronegócio, Economia e Inovação (SMAEI). Isso é feito por meio de apoio técnico em todos os processos da produção, aluguel de máquinas a preço subsidiado, entre outras ferramentas, que incentivam a sucessão rural nas propriedades.
“Preservar a continuidade dos negócios familiares no campo é uma das preocupações da secretaria, que vem buscando sensibilizar os jovens quanto às oportunidades do agronegócio em nosso município, evitando assim o êxodo rural e fomentando ainda mais os produtos que são produzidos por meio dessas famílias em cada propriedade rural de Uberlândia, uma vez que a cidade não existe sem o campo. Com as políticas oferecidas pela Prefeitura, auxiliamos os agricultores, o que propicia a permanência dos filhos nas propriedades dos pais”, finalizou a secretária de Agronegócio, Economia e Inovação, Thalita Jorge.
Apoio ao produtor
O planejamento sucessório dos produtores rurais é facilitado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia pelas ferramentas oferecidas pelo programa Agricultura familiar, que oferece o acompanhamento técnico para os pequenos produtores, desde o preparo do solo até o cultivo. Após a colheita, os produtores são atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e também por cooperativas que abastecem a Central de Abastecimento da Agricultura Familiar (CAAF). A produção de verduras, legumes e frutas é adquirida pelo município e distribuídos às escolas da rede municipal de ensino por meio do Programa Municipal de Alimentação Escolar – PMAE e doadas também às entidades filantrópicas (PAA).
A Prefeitura também disponibiliza aos agricultores do município o programa Novo Agro, que tem, como objetivo principal, potencializar negócios rurais já existentes e implantar novos empreendimentos rurais, gerando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida da população rural, uma ferramenta que profissionaliza a produção rural, oportunizando assim a continuidade familiar via comercialização dos produtos com o selo Novo Agro, que garante a qualidade dos alimentos. As ações desenvolvidas são focadas na produção e comercialização de negócios rurais nas áreas de agricultura de pequeno porte, agroindústrias de pequeno porte, avicultura caipira, agroecologia, aquicultura, turismo rural e gastronomia de identidade local.
As ações auxiliam o planejamento sucessório, para que os filhos e netos dos produtores rurais continuem o trabalho dos seus avós e pais, uma vez que as propriedades rurais são responsáveis pela disposição de produtos destinados ao abastecimento alimentar, geração de desenvolvimento econômico pela geração de empregos, tanto na cidade, quanto no campo.
“A agenda política é vital quando nos referimos à sucessão como uma dimensão importante para a reprodução da agricultura familiar em Uberlândia. Portanto, pensar a problemática da sucessão familiar no meio rural implica também em articular as principais dificuldades encontradas para que ela aconteça, desenvolvendo ações e políticas públicas para promover a melhoria das condições de vida dos agricultores, como estamos promovendo no município, a pedido do prefeito Odelmo”, ressaltou a secretária de Agronegócio, Economia e Inovação, Thalita Jorge.
Tradição rural
Eles aprenderam com os mais velhos a dedicação, o carinho e a importância do trabalho rural. Já os pais depois de passarem o que sabem aos filhos, aprendem junto com eles novas tecnologias e manejos. A propriedade na região Olhos d’Água vêm passando de geração para geração há cerca de 120 anos, na família Ferreira, tradicionais produtores de hortaliças, beringelas e também no manejo do gado para a produção de leite. Derli Ferreira de Oliveira durante os seus cinquenta e sete anos de vida, tirou o seu sustento e graduou três filhos no ensino superior com seu trabalho na propriedade da família e fez questão de falar do orgulho que sente por ter os filhos por perto.
“Tenho muito orgulho dos meus filhos, criei eles aqui e ter os dois trabalhando comigo, aqui na propriedade me deixa muito feliz. Eles me ajudam e eu os ajudo, estamos perto e vamos continuar assim, tirando o nosso sustento da nossa terra com as nossas próprias mãos, em família”, destacou.
Já Diego Martins Ferreira de 32 anos e graduado em agronegócio reconhece a sua importância e a do irmão Darlei na continuidade do negócio familiar.
“Nos sentimos importantes, por seguir uma tradição em vista do tanto que ocorre o êxodo rural nos dias de hoje. A gente sabe da nossa importância em dar continuidade ao trabalho do meu bisavô, do meu avô e agora do meu pai e também o papel que temos em alimentar as pessoas com o que produzimos aqui. Nunca pensamos em ir embora e deixar o campo, ainda mais quando temos apoio para continuar aqui, como os programas que a Prefeitura nos oferta. Somos pequenos e por exemplos; a assistência veterinária e agronômica é cara e não temos como pagar, e a Prefeitura nos oferece, além da silagem e de tantos outros benefícios que muito nos ajuda a continuar aqui”.