A Doença Falciforme é uma alteração genética e hereditária que impacta um a cada 1.200 brasileiros. A fim de ampliar o conhecimento da doença e qualificar o cuidado a estas pessoas, a Rede de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e Outras Hemoglobinopatias, da Secretaria Municipal de Saúde, realizou, nesta quinta-feira (23), uma capacitação com vários profissionais da saúde e educação da rede municipal, pacientes e familiares. O evento aconteceu no auditório do Centro Administrativo.
Para conscientizar e sensibilizar sobre os cuidados, a programação desenvolvida pela equipe do programa municipal contou com momento cultural, depoimento de pacientes e palestras sobre a Doença Falciforme e suas complicações, as implicações sociais e convivência com os pacientes e a importância do autocuidado. Os temas foram abordados pelos médicos convidados Lino Antônio Raimundo Lopes e Winnie Samanu Lima Lopes.
Atualmente, são 319 pacientes no município que são acompanhados pela Rede de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e Outras Hemoglobinopatias, da Secretaria Municipal de Saúde, e pelo Hemocentro. Por isso, a Assistente Social da Rede de Atenção, Mara Ramos de Oliveira, reforça a importância de discutir o assunto, principalmente com profissionais de saúde.
“Por se tratar de uma alteração genética crônica e muito frequente, que precisa de tratamento desde a infância, temos que reforçar sobre a importância de sensibilizar os pacientes em relação aos cuidados e como os profissionais da atenção básica e da rede de urgência e emergência devem acolher e oferecer um atendimento mais humanizado”.
Junho: mês da Conscientização sobre a Doença Falciforme
O Dia 19 de junho foi escolhido pela Organização das Nações Unidas, em 2008, como o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Falciforme. A data é uma forma de chamar a atenção para uma das doenças genéticas de maior prevalência no mundo. A enfermidade não tem cura e pode provocar o comprometimento das principais funções do organismo. Entre as complicações da doença estão: a anemia crônica, crises dolorosas associadas ou não às infecções, retardo do crescimento, infecções e febre, infartos pulmonares, acidente vascular cerebral, inflamações, úlceras, icterícia, priapismo, síndrome mão-pé e crise de sequestro esplênico. O diagnóstico precoce da Doença Falciforme é feito na triagem neonatal com a realização do Teste do Pezinho.