A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Uberlândia retirou de circulação mais de quatro toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação. A recomendação da Superintendência é que o consumidor observe os indícios do material e, caso desconfie que o produto adquirido seja falso, procure o mercado para a troca, sem custo. Caso não tenha êxito, deve-se acionar o Procon pelos canais oficiais. A Associação Mineira dos Supermercados em Minas Gerais (Amis) foi advertida sobre a possível adulteração para que a informação seja repassada aos supermercadistas.
As apreensões ocorreram em um supermercado e em um centro de distribuição nesta segunda-feira (4). Nesta terça (5), a terceira apreensão foi de um caminhão que estava chegando carregado com o item adulterado. A operação foi coordenada pelo Procon em parceria com a Polícia Civil. Parte do produto apreendido será encaminhado para a fabricante do sabão da marca Omo (Unilever) realizar a perícia e o restante será recolhido para o descarte final.
De acordo com a superintendente do Procon de Uberlândia, Elisabeth Duarte Ribeiro, a equipe chegou até o local após denúncias de consumidores, que perceberam as possíveis falsificações. ”Recebemos denúncias e a nossa equipe de fiscalização foi até o local averiguar. No supermercado foram constatadas 57 caixas de sabão em pó com fortes indícios de adulteração. Essas caixas foram retidas e, a partir daí, começamos a investigar”, explicou.
Elisabeth Ribeiro dá alguns detalhes sobre a caixa do sabão em pó, da marca Omo, com indícios de falsificação. Segundo ela, o lacre de abertura não é removível; o fechamento da embalagem é feito com cola quente; possui erros de ortografia e impressão e a data de fabricação/lote não é grafada em alto relevo, como o produto original. “Os consumidores observaram, ainda, que o produto possui granulagem grossa e não faz espuma em abundância. Percebemos que a vedação da caixa é bastante precária, pois o sabão vaza nas extremidades”.
O papel do órgão de defesa do consumidor é proteger e orientar o consumidor nas relações de consumo e, neste caso, em relação à produtos adulterados que trazem prejuízos a saúde. Cabem à Polícia Civil e Receita Estadual as investigações dos crimes contra ordem econômica, tributária e fiscal.