No calendário, 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. Uma data reflexiva para toda sociedade, com o intuito de discutir e promover a visibilidade de mulheres afrodescendentes, combater o racismo e o sexismo e ressaltar a importância delas na história do mundo. E, para dar luz a este movimento global, a Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, preparou uma programação especial que aconteceu na tarde desta segunda (25), no espaço Multiuso da Biblioteca Municipal Juscelino Kubitschek, no Centro Municipal de Cultura (CMC).
O evento gratuito contou com uma roda de conversa intitulada Mulheres Negras e Autoestima com a participação das psicólogas negras Camila Braga, Cláudia Mendes e Kethrein Costa. Logo depois, foi a vez da Oficina de Amarração de Turbante, com a produtora de beleza, Adriele de Oliveira.
Neste ano em que a data comemora 30 anos, a secretária da pasta, Mônica Debs, enfatiza a importância da discussão. “Há três décadas, um forte movimento de mulheres afrodescendentes da América Latina e do Caribe impulsionou a criação deste marco que é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. E esta data é mais uma ferramenta para toda sociedade repensar, conhecer a cultura negra e combater o racismo e as desigualdades. Por isso, preparamos uma programação especial para discutirmos a grande importância que elas têm, os nossos olhares e reconhecimentos e, também, preparamos uma oficina de turbantes que valoriza o acessório para além da estética”, disse a secretária.
Durante a oficina, a produtora destacou o valor cultural do turbante não somente como um simples acessório. “As pessoas precisam entender que o uso do turbante tem mais significados. Ele resgata toda a nossa identidade, resgata a nossa cultura negra africana. E esta oficina de hoje é muito importante para despertar nas mulheres negras essa ferramenta histórica e tão poderosa das nossas raízes. E aqui, estou mostrando como os turbantes são peças lindas e ensinando várias formas de usá-los para sair, para trabalhar e para tantas outras ocasiões”, disse a produtora.
Uma das participantes que acompanhou a roda de conversa e aprendeu as técnicas da oficina, é a pedagoga Tânia Teófilo. Usando um turbante estampado, a profissional exalta a ação e também a beleza do acessório que ressalta suas raízes. “É uma oficina de extrema importância da valorização do povo negro, a historicidade de nossas raízes. E a utilização do turbante, aprender outras formas de usá-lo, faz parte e reforça isso tudo. Além da roda de conversa que foi e é necessária para discutirmos diversas experiências vivenciadas por nós”.