O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) recolhe, em média, 250 toneladas de areia e lixo por mês no gradeado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Uberabinha. Projetada para esgoto sanitário, que é basicamente líquido, a rede pode entupir quando resíduos sólidos são descartados nela e ocasionar refluxo nas residências.
O gerente de tratamento de esgoto do Dmae, Marcelo Costa, destaca outros itens que também são encontrados presos ao gradeado, como: garrafas pet, sacos de estopa, embalagens de remédios e produtos de beleza. Tais resíduos, devem ser destinados de forma correta para não gerar problemas futuros.
“Vale destacar que o município, por meio do Dmae, disponibiliza o serviço de coleta de lixo, que atende todo o perímetro urbano, além da coleta seletiva. Então, o descarte incorreto pode ser evitado”, completa Marcelo.
Ligações Cruzadas
Durante as precipitações, ocorre um agravante decorrente das ligações cruzadas que ocasionam refluxos nos poços de visita (PVs ou bueiros) e nas residências. Além do entupimento das redes devido ao descarte incorreto de lixo.
Ligar a rede pluvial direto na rede de esgoto sanitário pode impactar em refluxo em vias públicas ou residências, como explica o gerente de manutenção em redes de água e esgoto do Dmae, Lucas Rocha.
“Em período de chuva, ocorre um aumento no volume do esgoto devido às ligações cruzadas das residências, transformando a rede de conduto livre para forçado e transbordando nos pontos mais baixos”, pontua.
Lucas também chama a atenção para o descarte incorreto de gordura realizado nas casas, uma vez que, junto de fios de cabelo e outros itens, gera uma espécie de bucha que obstrui a rede de esgoto. Para o gerente de manutenção em redes de água e esgoto, também é necessário observar o destino dos elementos.
“Fazer a limpeza da caixinha de gordura, recolher fios de cabelo e outros é essencial para que esse material não vá para a rede e cause transtornos”, conclui o gerente.