A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Fundação de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub), promoveu na manhã de hoje (11) mais uma edição do Curso de Aquaponia, totalizando 15 turmas capacitadas desde que a oferta deste curso começou. Esta técnica inovadora faz a junção da produção de peixes com cultivo de hortifrutis em água, sem a necessidade de utilizar o solo.
O curso ‘Aquaponia: Técnica de Produção de Peixes com o Cultivo de Hortaliças sem Solo’, contou com uma aula teórica seguida pela prática, ministrada por um técnico em aquicultura da Secretaria Municipal de Agronegócio, Economia e Inovação. O curso foi aberto ao público e ao fim da aula os participantes receberam um certificado.
O engenheiro agrônomo, Marcelo Franco Naves, participou da capacitação e contou que os conhecimentos adquiridos no curso farão diferença na sua relação com a aquicultura. “Eu já crio peixes em casa, em sistema fechado. Decidi participar do curso de Aquaponia para adquirir mais conhecimentos e colocar em prática no meu cultivo”, afirma.
A técnica
A Aquaponia pode ser definida como a união de dois processos: a produção de organismos aquáticos, como peixes e camarões e a produção de vegetais, como legumes e verduras, sem o uso do solo, feitos em conjunto.
O princípio básico da Aquaponia é o reaproveitamento dos dejetos dos peixes e restos de alimentos que são transformados novamente em nutrientes, por bactérias, permitindo que esses nutrientes sejam utilizados para o crescimento dos vegetais hidropônicos, e que, após os processos biológicos, físicos e químicos embutidos no sistema, a água possa ser reutilizada para o cultivo dos peixes.
O assessor da Ferub, Mayer Andrade Santos, explica que o processo é econômico e pode ser feito em diversos espaços. “É um sistema fechado que economiza água, energia e você poderá ter no final, frutas, verduras e peixe fresco todo o mês. Além disso, pode ser feito em espaços pequenos, como na varanda de um apartamento, ou em alguma área maior, como no quintal”, explica.
A Aquaponia promove reaproveitamento integral do efluente, evitando, assim, a descarga de resíduos no meio ambiente, preconiza a não utilização de defensivos químicos e a redução na utilização de fertilizantes químicos, aumentando a segurança alimentar dos produtos comercializados.