O trabalho de padronização dos atendimentos na saúde de Uberlândia para garantir o melhor à população da cidade é reconhecido mais uma vez pela qualidade oferecida. Assim como a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Pampulha, a unidade do bairro São Jorge também foi certificada pelo Programa Distinção no Tratamento da Sepse, uma autenticação de excelência clínica e compromisso para se evitar o risco e evolução dos quadros de infecção generalizada entre pacientes, o que impacta diretamente na redução da mortalidade hospitalar.
A Distinção no Tratamento da Sepse é concedida a instituições de saúde por meio de parceria do Instituto Latino-Americano da Sepse (Ilas) com o Instituto Qualisa de Gestão (IQG). O programa atesta que as unidades reconhecidas adotam padrões de excelência para atendimento a pacientes com sepse, indicadores (centrais e opcionais) e protocolos obrigatórios, baseados nas recomendações da Campanha de Sobrevivência à Sepse conduzida pelo Ilas.
“As certificações obtidas pelas unidades, cuja gestão temos parceria com a Missão Sal da Terra, é resultado do nosso trabalho para que o cidadão tenha o melhor atendimento possível ao procurar uma de nossas unidades de saúde. É um trabalho contínuo e em evolução, com foco no diagnóstico precoce e estabelecimento de protocolos para uma rápida resposta”, avalia o secretário municipal de Saúde, Clauber Lourenço.
A, infectologista Fernanda Távora Diniz de Melo conta que o projeto piloto teve início na UAI São Jorge com capacitação de toda a equipe assistencial para implantação e seguimento Protocolo Sepse. “O protocolo está implantado nas duas unidades, com disseminação ampla entre toda a equipe assistencial para reconhecimento precoce dos sinais de sepse, proporcionando então o manejo e tratamento adequado dos pacientes com suspeita ou confirmação de sepse, como a coleta dos exames laboratoriais – incluindo amostra de culturas – e administração de antimicrobianos na primeira hora de diagnóstico”, explicou.
A sepse ocorre quando há uma resposta extrema do corpo a uma infecção, o que desencadeia reações por todo o corpo. Sem tratamento, pode levar à falência dos órgãos e morte. Conforme o Ilas, cerca de 240 mil adultos e 8 mil crianças morrem devido a essas complicações no Brasil.
O gerenciamento do Protocolo Sepse nas UAIs São Jorge e Pampulha é realizado pela equipe do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde (SCIRAS), que, além da coordenação de processos que visem a prevenção de infecção nos ambientes de saúde, faz a análise dos dados mensalmente em conjunto com o Ilas. “Esse acompanhamento permite a geração de indicadores, os quais são repassados e discutidos periodicamente com a equipe assistencial. Dessa forma, aperfeiçoamos nosso trabalho e criamos propostas de melhorias contínuas no atendimento aos pacientes com suspeita/confirmação de sepse”, detalhou Fernanda.