O Programa Municipal de Controle da Dengue tem diversas linhas de atuação para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela. Um dos trabalhos do programa é o uso do termonebulizador e o UBV (Ultra Baixo Volume), conhecidos como fumacê. Utilizados desde 2019, os equipamentos são eficazes no controle do mosquito na fase adulta.
Enquanto o termonebulizador é responsável por produzir intensa fumaça, gerada após o aquecimento do óleo mineral e o adulticida, o equipamento UBV produz a nebulização sem utilizar altas temperaturas, pois a substância utilizada é composta de água e adulticida. Ou seja, é produzida uma névoa.
Embora os sistemas de aplicações sejam diferentes, o coordenador do programa, José Humberto Arruda, reforça que os dois equipamentos são eficientes para o atual momento. “Tanto a fumaça do termonebulizador quanto a névoa do UBV levam as gotículas do veneno, fazendo o mosquito se movimentar e ir de encontro ao produto. Inserimos agora o UBV pela manhã, entre 4h30 e 9h, pois há poucos registros de chuva neste horário e o produto produzido permanece mais tempo no ar. Desta forma, o termonebulizador, que gera mais fumaça, permanece no período noturno, já que tem um alcance maior e tem menos exigência do fator climático.”
O coordenador ainda ressaltou que produto não é prejudicial às plantas, aos animais ou seres humanos, pois é próprio para o mosquito. Por isso, quando o equipamento estiver passando a orientação é abrir as portas e janelas. “Quanto mais a fumaça penetrar na residência, maior a chance de alcançar o mosquito. Ele tem o hábito de se refugiar nas casas, então, com as portas e janelas abertas maior é a eficácia do combate.”
Colaboração da comunidade
Além dos trabalhos já desenvolvidos pelo município, a população também deve ser uma aliada na luta contra o inseto transmissor da dengue, conforme reforçou Arruda. “A doença vem apresentando picos em todo o país e a participação de cada morador de Uberlândia é fundamental para que o número de pessoas acometidas não aumente de forma desenfreada. Pesquisas sempre apontam que os criadores estão nas casas das pessoas. Por isso, temos que fiscalizar constantemente nossos quintais”, pontuou.