Um dia voltado para a literatura e toda a sua capacidade lúdica de desenvolver a personalidade infantojuvenil. Assim foi a “Parada Literária”, uma ação realizada pela Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), em todas as 122 escolas da Rede Municipal de Ensino. A atividade resultada de uma série de atividades pedagógicas que vêm sendo realizadas juntos aos estudantes e culminaram com uma ação iniciada pelo prefeito Odelmo Leão em junho deste ano, quando foi anunciada a chegada de 20.652 obras literárias adquiridas pela Prefeitura de Uberlândia.
A “Parada Literária” foi desenvolvida pela equipe do Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz (Cemepe) para valorizar a leitura literária no cotidiano escolar. Ela ocorreu simultaneamente em 67 escolas municipais de educação infantil (Emeis) e 55 escolas municipais de ensino fundamental (Emefs). Durante os turnos manhã e tarde foram desenvolvidas diversas vivências promovendo o contato dos estudantes com as obras, como contação de histórias, leituras dos livros, rodas de conversa, leituras compartilhadas, brincadeiras e desenhos ou dobraduras. A programação contou ainda com organização de espaços e apresentações teatrais, tudo desenvolvido de acordo com a faixa etária envolvida.
“A ‘Parada’ destaca a importância do uso da literatura no desenvolvimento da competência leitora, no despertar do gosto pela leitura, na ampliação do repertório cultural e na formação humana dos estudantes”, disse a secretária municipal de Educação, Tania Toledo.
Para realizar a “Parada”, a equipe da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) do Bairro Santa Mônica se mobilizou durante semanas. Um grupo de 11 alunos, com três anos de idade, apresentou, pela manhã, uma coreografia inspirada na obra “Leilão de jardim”, de autoria de Cecília Meireles, que trabalha o vocabulário infantil de forma simples e didática. Em seguida foi a vez dos professores encenarem uma peça elaborada a partir da obra “O grande rabanete”, escrita por Tatiana Belinky. Com a história do avô que precisa da ajuda de várias pessoas para retirar do solo o rabanete que ele mesmo plantou, a obra mostra a importância da solidariedade. Ao final, das atividades, os alunos conheceram os novos livros do acervo da escola e que agora eles podem pegar emprestado para ler em casa.
“Em nossa escola, a ‘Parada’ foi desenvolvida dentro do ‘Tecendo Histórias’, realizado há 29 anos pela equipe. Achamos excelente o evento, pois está em total acordo com nosso trabalho”, disse a diretora da unidade, Aparecida do Carmo Santos. No “Tecendo Histórias”, cada turma de alunos cria histórias e ilustrações que, ao final do ano, compõem um livro.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Milton de Magalhães Porto, no bairro Segismundo Pereira, a ‘Parada’ também teve três momentos. Durante o intervalo, os alunos puderam conhecer a diversidade dos títulos recebidos recentemente pela escola. Eles também foram divididos em turmas menores para irem até a biblioteca da unidade e lerem calmamente um trecho de alguma obra. Já nas salas de aula, os professores trabalharam títulos específicos.
“Este contato com os livros é muito enriquecedor neste momento que nossos alunos estão vivendo. Eles estão com a personalidade em formação e as obras que a Prefeitura adquiriu trabalham aspectos positivos para todos nós. As aquisições são muito bem vindas e a ‘Parada’ é de grande utilidade”, ressaltou a diretora da escola, Simone Gonçalves Silveira.
Aquisição de mais de 20 mil livros
A distribuição das novas obras literárias teve início em junho deste ano. Ao todo são 20.652 exemplares, de aproximadamente 140 títulos. Para a educação infantil, são 5.340 obras e, para o ensino fundamental, são 15.312. Todo o material está de acordo com o preconizado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), definida pelo Ministério da Educação (MEC).
A seleção dos livros foi feita por profissionais do Cemepe e considerou qualidade das obras, adequação à faixa etária, variedade e, para alguns títulos, quantidade suficiente para o trabalho coletivo com as turmas de estudantes. O novo acervo é um reforço para as bibliotecas escolares municipais e poderá ser utilizado em sala de aula, de acordo com o planejamento dos professores e, também, ser emprestados para os estudantes, conforme organização de cada unidade escolar.