O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) abriu ao público, nesta segunda-feira (23), a exposição “Fluxo de Registros”, da artista e bióloga Ingrid Coss. A mostra fica em cartaz até o dia 31 de julho no Foyer do Dmae, e pode ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A exposição apresenta um conjunto de seis obras produzidas com a técnica japonesa gyotaku, tradicionalmente utilizada por pescadores para registrar suas capturas. Ao adaptar essa prática para o universo artístico, Ingrid propõe uma releitura simbólica e íntima da técnica, com cada obra carregando consigo o luto, a memória e o desejo de eternizar momentos que pareciam perdidos.
“Fluxo de Registros” nasceu como uma forma da artista lidar com a perda de seu pai e se transformou em um processo de reconexão afetiva com lembranças da infância. A artista explica que os peixes representados ganham contornos de vivências, eternizados como símbolo do que já se foi, mas permanece na memória.
“A água sempre foi um ambiente significativo, cenário de lembranças marcantes com meu pai. A técnica gyotaku permitiu uma experiência fiel de registro, carregada de simbolismo por preservar, com precisão, cada detalhe de um peixe que já não vive”, descreveu Ingrid Coss.
Natural de Monte Azul Paulista (SP), Ingrid Coss, de 27 anos, é bióloga e atualmente cursa Artes Visuais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Sua produção artística transita entre técnicas como gyotaku, gravura, cerâmica e desenho, construindo uma linguagem na qual ciência e arte se entrelaçam em obras sensíveis, que resgatam memórias, sentimentos e camadas do tempo.