Nesta semana, a Prefeitura de Uberlândia deu início a mais uma etapa do Projeto Cardume, que pretende levar ensinamentos de piscicultura a alunos da rede municipal. A iniciativa da Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação instalou uma estrutura educativa de criação dos peixes na Escola Municipal Professor Valdir Araújo para envolvimento dos estudantes.
Na tarde de terça-feira (20), as crianças participaram da soltura de 30 tilápias em uma caixa d’água de 1.000 litros. Arthur Vilela, de 10 anos, esbanjou conhecimento aprendido sobre o tema e não perdeu a oportunidade de tirar dúvidas durante a soltura. “Aprendi que para fazer uma produção de peixes você tem que fazer em um lugar específico. Elaborar um projeto do tanque e colocar em prática. Agora estamos fazendo um teste, para ver se vai dar certo a produção. Se der, vamos colocar mais peixes”, comentou animado.

A ação prática acontece após diversas atividades executadas coma turma, que incluíram visita a uma propriedade de produção comercial de tilápias, a apresentação do projeto e implantação. “A ideia é mostrar como o alimento vem para a mesa. É uma forma de levar a realidade do campo aos alunos, mas dentro da própria escola. Tentamos unir a produção das tilápias com conhecimentos que eles aprendem dentro da sala de aula, como vazão, diâmetro, fisiologia, biologia, nutrição, entre diversos outros. Também ressaltamos sobre o reaproveitamento da água, que pode ser utilizada para regar a horta”, comentou Marília Parreira Fernandes, encarregada de apoio operacional da secretaria de Agropecuária.
Do campo para a escola
Para Ana Júlia dos Reis, de 10 anos, a ideia de produzir os alimentos que costuma ver em gôndolas de supermercados é animadora. “Já aprendemos a plantar, adubar a horta e agora a cuidar dos peixes também. Estou amando muito.É muito legal, porque eu nunca tive essa experiência. Eu só via meus avôs plantando, mas nunca tinha tido experiência mesmo de plantar, adubar, é uma experiência nova”, relatou a jovem de 10 anos.
A escola é conhecida por levar projetos ecológicos para o espaço desde 2017, quando iniciou a ideia de ser uma das unidades que sediam o programa Hortas Sustentáveis. “As crianças do quinto ano são totalmente responsáveis pela horta e agora serão pelo tratamento dos peixes: alimentação, tudo. É uma experiência incrível. Tivemos até melhoria em questão de disciplina”, comentou a diretora do colégio, Karla Monteiro de Oliveira.