Mesmo com os novos cuidados que a Covid-19 exigiu para o cotidiano de todos, a prevenção a outras doenças também merece atenção. É o caso da dengue, da zika e do chikungunya, cuja principal forma de serem evitadas é com o combate ao mosquito Aedes aegypti. Com as chuvas cada vez mais recorrentes, o risco de acumular água em estruturas e objetos potencializa a proliferação do mosquito. Um comportamento comum do ciclo de vida do inseto, mas que acende o alerta para os cuidados para evitar novos casos das doenças na cidade sejam intensificados.
Dessa forma, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), tem realizado diversas ações, como a campanha de mobilização popular para combate aos focos, a aplicação de inseticida e visitas dos agentes a residências. Outro trabalho que demonstra grande efetividade nesse esforço é o recolhimento de pneus em borracharias cadastradas, em Ecopontos, lotes vagos e, quando solicitado via telefone, na casa do morador.
Queda de casos
E Uberlândia apresenta números cada vez menores. Segundo levantamento da Vigilância em Saúde de Uberlândia, o número de casos confirmados das três patologias transmitidas pelo Aedes segue muito abaixo do ritmo apresentado no ano passado. Durante o ano de 2019, foram registrados 30.700 casos de dengue de janeiro até a primeira semana de outubro. Já em 2020, em igual período, foram 1.814 confirmações. Por fim, em 2021, o número é ainda menor, 570 casos confirmados de dengue até o dia 9 de outubro.
Em relação ao zika vírus, em 2019, Uberlândia registrou 11 casos e, em 2020 e 2021, nenhum paciente foi confirmado com a doença. Já a febre Chikungunya foi registrada em oito pessoas em 2019, cinco em 2020 e apenas três ocorrências confirmadas em 2021. Os dados de zika vírus e Chikungunya também correspondem ao período de janeiro até o dia 9 de outubro. Mesmo com a diminuição no número de casos, a população não pode descuidar.
Para manter os bons resultados, o papel da população é importante não só no cuidado dentro de casa, mas também denunciando possíveis criadouros na cidade. O auxílio pode ser feito pelo número 3213-1470. Outra importante ferramenta à disposição dos moradores é o aplicativo para celulares com essa finalidade, o “Udi Sem Dengue”, que permite uma interação direta com a equipe do Programa de Controle da Dengue, do CCZ.
“As três doenças causadas pelo Aedes aegypti são graves, por isso é importante que todos fiquem alerta a possíveis focos. Todo cuidado é pouco quando a nossa saúde está em risco. Uberlândia tem apresentado bons números, resultado das ações assertivas estabelecidas pela Prefeitura de Uberlândia. Com o empenho da população fechando bem os tonéis, caixas e barris de água, guardando pneus em locais cobertos, limpando as calhas e não deixando água acumulada sobre qualquer superfície, a cidade terá cada vez menos casos”, destacou o coordenador do Programa de Controle da Dengue do CCZ, José Humberto Arruda.
Cuidados em casa
Evitar manter recipientes que acumulem água sob vasos de plantas ou mesmo enchê-los de areia até a borda é uma das orientações para manter o mosquito longe das casas. O quintal deve ser vistoriado frequentemente para que não haja sacos plásticos e qualquer outro material – mesmo os pequenos, como tampinhas de garrafa – que possam represar a água. Quem tem piscina precisa se comprometer a mantê-la sempre com água limpa e tratada com cloro. Em situações que a casa esteja desocupada, ou fique sem monitoramento por um longo período, o proprietário deve informar ao CCZ para que a piscina receba o peixe lebiste, que é um predador natural da larva do mosquito.
As lixeiras e sacos devem ser bem vedados e mantidos fora do alcance de animais. Garrafas de vidro e latinhas precisam ser esvaziadas e armazenadas de boca para baixo. Dentro de casa, orienta-se tampar os ralos de pia e banheiro.
‘Udi Sem Dengue’
Lançado no fim do ano passado, o aplicativo “Udi sem Dengue” segue disponível para download nas lojas da Google Play e Apple Store. A ferramenta é mais um aliado da população no combate ao Aedes Aegypti, pois permite uma interação direta com a equipe do Programa de Controle da Dengue. Por meio do aplicativo, a população pode enviar fotos, vídeos e mensagens de texto ou voz alertando as equipes sobre possíveis criadouros do mosquito.
Além do canal direto com a população, o “Udi sem Dengue” ainda funciona como um gerenciador das ações, auxiliando os agentes no monitoramento em tempo real das ovitrampas (armadilhas que permitem o rastreamento do mosquito) distribuídas pela cidade, bem como as piscinas e reservatórios cadastrados para a inserção do peixe lebiste.
Contatos CCZ
Telefone: 3213-1470
Aplicativo: “Udi Sem Dengue”, disponível para Android e iOS