A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Agronegócio, Economia e Inovação, apresentou novos resultados relativos aos últimos experimentos feitos com a utilização do remineralizador de solo pó de basalto no cultivo de hortaliças e pastagem. A apresentação ocorreu em reunião do prefeito Odelmo Leão com servidores da Secretaria e da Fundação Municipal de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub), que atuam nos experimentos.
Os dados obtidos durante o processo produtivo de alfaces, rúculas e em pastagem mostraram a eficiência na produção após o uso adequado e sistemático do pó de basalto. “O objetivo destes experimentos é mostrar como o uso do pó de basalto pode ser eficaz no aumento da produção agrícola. A adesão deste remineralizador é um importante passo para o desenvolvimento econômico-sustentável do município”, destacou a secretária da pasta, Thalita Jorge.
O prefeito Odelmo Leão parabenizou os esforços dos servidores públicos neste projeto iniciado pela Prefeitura de Uberlândia ainda em 2019. “Sempre disse que o poder público pode, e muito, em várias esferas. Sobretudo, quando há homens e mulheres que querem trabalhar juntos em prol da população. Esse é um projeto significativo para auxiliar, de forma sustentável, na garantia da segurança alimentar do Brasil e do mundo”, ressaltou.
Os experimentos que envolveram alface e rúcula foram feitos na fazenda experimental da Ferub, enquanto os testes aplicados na pastagem aconteceram na fazenda experimental da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante o encontro para apresentação dos resultados, os servidores envolvidos nos experimentos presentearam o prefeito Odelmo Leão com um maço de couve.
Produtividade
No caso do cultivo da alface, por exemplo, com a utilização de uma dose estimada de 6,72 toneladas por hectare (t/ha), o aumento observado na produtividade foi de 12%, se comparado a uma produtividade padrão por adubação mineral. De 33.594 quilogramas por hectare (kg/ha) a produtividade saltou para 37.636,79 kg/ha, mostrando um ganho de 4.042,79 kg/ha com o uso do pó de basalto.
Já para a produção de rúcula, a dose estimada de 6,28 t/ha do remineralizador resultou numa produtividade 5% superior à do cultivo padrão, sem a utilização do pó de basalto. Em números, a produção subiu de 21.128,25 kg/ha para 22.186,37 kg/ha, ou seja, foram produzidos 1.058,12 kg/ha a mais com o recurso pó de basalto.
Ainda quanto à produtividade de rúculas, mas na abordagem unitária, das folhas/maço, novamente o uso do remineralizador foi favorável durante o cultivo da hortaliça. Com a aplicação de 6,38 t/ha a produtividade aumentou 12,25%. Durante os testes, foi verificada uma produção de 7 folhas/maço a mais de rúcula do que sem o pó de basalto, de 56,58 folhas/maço na produção padrão passou para 63,51 folhas/maço depois do efeito produzido pelo remineralizador. Além de produtividade maior, o pó de basalto ainda antecipou a colheita da hortaliça em quatro dias.
Por último, o experimento também colocou à prova a produção de pasto para alimentação do gado. Nesta etapa, foram feitos testes em três fases (períodos) de corte do pasto. A primeira delas, foi feita após 60 dias de semeadura, a segunda, depois de 113 dias, e a última com 177 dias desde a aplicação do pó de basalto.
Usando a amostragem do terceiro corte do pasto como exemplo, observou-se uma produtividade de massa verde (kg/ha) 68,22% superior com o uso do pó de basalto. O cultivo subiu de 14.373,33 kg/ha para 30.653,33 kg/ha, o equivalente a 7.786 kg/ha.