Maior produtividade e qualidade dos cultivos: esse é a conclusão do segundo ciclo de estudos que a Prefeitura de Uberlândia tem conduzido em torno da aplicação do pó de basalto (veja principais resultados abaixo). Com foco na obtenção da quantidade de remineralizador considerada ideal para fortalecimento e estruturação do solo, o relatório elaborado pela equipe da Secretaria Municipal de Agronegócio, Economia e Inovação foi apresentado ao prefeito Odelmo Leão na tarde desta terça-feira (20).
“Estamos desde 2019 aprimorando nosso conhecimento sobre os remineralizadores de solo. Como Polo Agromineral, queremos mostrar ao Brasil o potencial do nosso basalto para tornar nossa produção de alimentos mais produtiva, sustentável e viável economicamente. Desde 2019 estamos neste desafio e pedi à secretaria que conduzisse esses estudos com hortifrutis, porque temos que apoiar e mostrar o que temos a oferecer aos pequenos produtores”, ressaltou o prefeito Odelmo Leão.
Dosagem do pó de basalto
Os experimentos, realizados em parceria com a Fundação de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), envolveram o plantio e acompanhamento de alface, beterraba, couve, rúcula, tomate e pastagem nas fazendas experimentais das instituições. Dependendo das características de cada hortaliça, o estudo concluiu que o emprego de 4 a 12 toneladas de pó de basalto por hectare oferece o suporte adequado ao solo.
“No primeiro ciclo, cujo resultado divulgamos em agosto, já havíamos obtido resultados promissores, com cultivos mais robustos e resistentes. Nessa segunda etapa, nossos técnicos seguiram testando diferentes proporções de aplicação do pó de basalto e os resultados continuaram surpreendentes”, disse a secretária de Agronegócio, Economia e Inovação, Thalita Jorge.
Nos testes feitos com alface, o solo fortalecido com uma dose de 8 toneladas de pó de basalto por hectare impactou em ganho de massa em 1,37% no 1º ciclo e 2,11% no segundo e diâmetro 5,69% maior no 1º ciclo e 1,28% no segundo. Com 4 toneladas por hectare, a couve teve folhas 18,65% mais pesadas. Além disso, os pés de couve ficaram maiores que os plantados sem o uso do remineralizador, tendo um incremento de nutrientes.
Outro cultivo que recebeu o suporte remineralizador do pó de basalto foi a beterraba. A dose de 8 toneladas por hectare impactou em uma produtividade quase 30% maior, considerando o peso.
Para o plantio de rúcula, foram usadas 4 toneladas de pó de basalto por hectare. O resultado: massa fresca por massa 31,83% superior e aumento de 16,18% do número de folhas por maço produzido no 2º ciclo.
Para o tomate, a produtividade foi 20,03% maior na área reforçada com 8 toneladas do remineralizador de solo por hectare. Nesse caso, o experimento resultou em 20 toneladas de tomates por hectare. Já a massa verde gerada pelo cultivo de pastagem também aumentou em 68,22% com a aplicação de pó de basalto na proporção de 12 toneladas por hectare.